segunda-feira, 9 de março de 2020

Riscos e Ameaças: Exemplo nº 1

Encontrei isso no Twitter



Infelizmente, não consegui ler a matéria, mas o título diz: "Ameaça de pandemia é real". Como fala em ameaça, então a chance disso acontecer é pequena - pois se fosse de 30%, por exemplo, o título seria bem mais dramático. A chance é pequena, mas a ameaça é grande, por isso, o alarde da matéria. Como escrevi aqui.

sábado, 7 de março de 2020

Chuvas, secas, furacões...

Um assunto que merece atenção, mas não discutirei sobre isso aqui, é sobre a repetição de assuntos como se fossem novos. Acontece com a discussão se nazismo é de esquerda ou direita, sobre concentração de renda e sobre aquecimento global/mudanças climáticas. Vou falar de um aspecto estatístico desse último. Confesso, logo de início, que é um achismo meu, por isso, qualquer um pode contestar o que postarei aqui. Não sei se existem gráficos “provando” o assunto, mas algumas inconsistências básicas precisam ser questionadas.



Um dos cânones sobre o assunto, é que eventos extremos como chuvas intensas, secas, furacões, tiveram suas freqüências aumentadas, logo, isso provaria que há um aquecimento global causado pelo homem. Veja que há aí uma cadeia linear de causa-efeito: A causa B que causa C, logo, A causa C. Isso também fica para depois, pois o que quero falar é sobre a suposta anormalidade desse “aumento de freqüências” de fenômenos climáticos extremos.



O clima, como qualquer fenômeno natural, tem variações, portanto, haverão alterações nas freqüências desses fenômenos. O que chama a atenção é que esse alerta parte do princípio que o clima é um fenômeno regular, logo, previsível (A é B, portanto, C). Sabemos que o clima não é previsível, logo, não é regular, logo, alterações nas freqüências não é algo anormal. Vejam um exemplo:

2, 2, 2, 2...

Sabendo que a sequência acima é regular, “periódica”, na linguagem matemática, todos sabemos quais serão os próximos números.


Outro exemplo:

2, 1, 3, 2, 1, 3, 2...

Qual será o próximo número? E os próximos?


Só mais um, mais complexo.

1, 1,75, 2,3125, 2,734375...

Nessa última, cada número é multiplicado por ¾ + 1. É uma sequência previsível.



Se o clima tivesse alguma regularidade, seria possível prever a próxima chuva do mês de dezembro de 2021, como se faz com as fases da Lua. Ou a próxima seca, ou o próximo furacão...Como não é possível, concluímos que o clima é irregular. Nem tanto quanto as casas decimais do pi ou outros números irracionais, mas irregular. Se é irregular, então alterações nas frequências dos fenômenos supracitados são normais, talvez esperadas.



Então, os cientistas estão errados? Longe de mim afirmar isso, mas é um questionamento válido. 

terça-feira, 28 de janeiro de 2020

Riscos e Ameaças

Até agora, foram três postagens sobre custos, benefícios e riscos. Agora, falarei sobre algo diferente, mas envolvendo uma dessas variáveis e mais uma: risco e ameaça. Risco, no popular, é tudo aquilo que pode dar errado ou as chances de algo ruim acontecer. Ameaça é esse algo ruim, qualquer coisa que nos afeta negativamente.



Nem sempre sabemos as chances de algo ruim acontecer, por isso, costumamos pensar que pode ou não acontecer. Isso sugere uma chance de 50% para cada alternativa. A pessoa então poderá jogar  uma moeda que decidirá por ela. Sim, se uma das alternativas não oferecesse nenhum perigo ou sofrimento para a pessoa.



Eis um exemplo: estou dentro de casa e acredito que tem alguém lá fora me esperando para me matar. Na mais completa dúvida, as chances disso acontecer são de 50%. Poderei sair ou não, de acordo com minha preferência ou se der coroa. O problema, é que a ameaça é grande demais, então muito dificilmente arriscaria sair para fora. Agora, supomos que as chances de eu ser atacado sejam de 10%. O risco é bem menor, mas dada a gravidade do problema, até mesmo esse percentual me faria hesitar.



Quais são as chances de uma usina nuclear apresentar algum vazamento? Não sei, mas digamos que de 5%. Improvável um acidente desse tipo acontecer, mas devido aos seríssimos problemas de um vazamento, a simples possibilidade de acontecer, nos faz hesitar em aceitar uma usina nuclear a alguns quilômetros de nossas casas. Um acelerador de partículas talvez ofereça 0% de risco de sugar todo ao seu redor, mas algumas pessoas acreditavam numa pequena chance dessa hecatombe acontecer, o que deixavam-nas preocupadas.



Acho que um exemplo mais magnífico disso é sobre o aquecimento global. Muitos cientistas dão como certo a influência humana no clima, já outros não. Então, vamos ver por nós. Se estivermos na dúvida, então as chances de termos um futuro inóspito será de 50%. Como a alternativa do aquecimento sugere que a vida na Terra será ameaçada, que a própria sobrevivência da humanidade corre sério risco, então as pessoas optarão por levar esse risco à sério. Se as chances disso for de 30%, provavelmente muitos considerarão a alternativa do perigo.



Existe, e todos nós sabemos disso inconscientemente (que é a proposta desse blog) nesse tipo de escolha, dois riscos possíveis. No primeiro exemplo que citei, se eu ficar em casa e não ter ninguém lá fora, então cometi o Erro 1, mas se eu saísse de casa e realmente tem um assassino lá fora, então cometi o Erro 2. Sempre "calculamos" os dois tipos de erros e sempre preferimos cometer, se for o caso, o Erro 1, algo que chamamos de Princípio da Precaução.



Como todos nós já sabíamos, não basta sabermos as chances de algo ruim acontecer, mas a extensão desse algo ruim. As ameaças são mais fáceis de medir, em medidas como Baixa, Média e Alta. Quando há uma ameaça Alta, mas não sabemos as reais chances dela ocorrer, aí aparentemente será de 50%, o que deixa muios em pânico. E esse é o problema: descobrir as chances reais.