domingo, 9 de janeiro de 2022

Sobre a evolução...

 A evolução das espécies é real ou só invenção de uma sociedade que se afastou de Deus? Deixo essa discussão com vocês, mas sob o ponto de vista matemático e estatístico, ela é perfeitamente possível. Em verdade vos digo: matemática e estatisticamente, a evolução das espécies, como nos é apresentada, é até bem simples. 


Vamos imaginar um exemplo: colocar vários palitos de fósforo, de pé, um ao lado do outro (todos sem a pólvora, pra facilitar) e todos com uma distância um do outro de, digamos, cinco centímetros. O primeiro palito está inteiro; o segundo, com 0,1 mm a menos; o terceiro, com 0,1 mm a menos que o anterior, e assim por diante. Não notaremos nenhuma diferença na mudança de altura deles, mas chegará um momento que a sequência desaparecerá, e nem notaremos isso. São necessários "apenas" 400 palitos para isso, ou 399, já que o último nem existirá.


Vamos a um outro exemplo, um pouco mais complexo. Vejamos a figura abaixo.





A idéia é transformar o círculo nesse quadrado circunscrito de forma gradual, impossível de ver sua transformação. Os pontos A, B, C e D na circunferência se transformarão nos ângulos do quadrado, serão os últimos pontos da circunferência a se transformarem. Digamos que a distância desses pontos dos ângulos que se transformarão seja de 3 cm. Numa velocidade de 0,01 cm/s, a metamorfose se completa em menos de uma hora. Nessa velocidade, não perceberemos a transformação. Talvez, se aumentarmos a velocidade dez vezes, ainda não perceberíamos a transformação, e levaria apenas cinco minutos para concluí-la. 



Esses exemplos simples são transformações radicais, se comparadas à evolução das espécies. Cada geração é um "frame" (ou "palito") que traz mínimas alterações, cada uma. Num período de um milhão de anos - tempo que nos separam dos "homens-macacos" - tivemos mais de 50 mil gerações, um número muito maior que os 400 palitos, ou dos 1.200 frames necessários para uma animação mostrando a transformação do círculo em quadrado. E o resultado não se distancia tanto da forma original.



Isso não prova que a evolução existe, apenas prova que ela é bem possível, mas você jamais verá ela, mesmo que viva um milhão de anos


segunda-feira, 3 de janeiro de 2022

Sobre o Covid - nº 1

Meses, mais de ano, se passaram, e volto a postar aqui. Volto a postar num mundo diferente da minha última postagem. Podia ter falado muito sobre a Covid, sob o ponto-de-vista estatístico, mas nem isso. Cheguei a falar algo a respeito no meu último post, e como podem ver, errei. 



Durante todo esse tempo, surgiram perguntas sobre a letalidade do vírus, se valia a pena parar tudo, se lockdown ajudou mesmo, e agora, se as vacinas estão matando ou não. Só estudos podem responder a isso tudo, mas há estudos que afirmam, outros, negam, há estudos bem feitos e outros mal feitos; e nós, como não temos acesso a eles, e tampouco conhecimento para avaliá-los, ficamos presos nos nossos achismos. Mas mesmo com poucos informações que chegam até nós, podemos tirar algumas conclusões preliminares, ou ao menos, questionamentos. Mas temos que cuidar com o que nos é apresentado.



Para cada assunto, será uma postagem diferente. 



Vamos começar com os dados apresentados pelo SECOM, sobre o número de mortes pela Covid.





Vejam que no "número de recuperados", eles colocaram o número total, no qual o Brasil se encontrava em segundo lugar. No número de óbitos, colocaram o "mortes por milhão de habitantes", que se encontrava numa situação mais "desfavorável". Qual o erro dessa comparação? O uso de duas medidas diferentes quando deveriam ser as mesmas. O uso do total não é adequado quando comparamos países com populações diferentes.



Ignorância? Desonestidade? Não sei, mas o que também me chamou a atenção é que isso não chamou a atenção dos críticos.