A relação Custo-Benefício é uma das mais instintivas análises de escolha que fizemos. Parece simples: basta comparar dois benefícios e seus respectivos custos. A melhor relação será escolhida. Uma casa de tamanho x com um custo de y será escolhida ao invés da casa de tamanho x mas com custo 2x. Ou, uma casa de tamanho 2x com custo y será escolhida ao invés da casa com o mesmo tamanho mas com custo 2x. Note que a expressão custo-benefício indica que devemos dividir (ou pelo menos, assim deve ser feito) o custo pelo benefício, o que significa que quanto menor o quociente dessa equação, melhor será essa relação.
Parece tudo muito simples, mas não. Imaginem uma casa com, digamos, 100 metros quadrados, e um aluguel de R$ 1.500. Agora, outra casa, com 60 metros quadrados com um aluguel de R$ 1.200. Se calcularmos a relação custo-benefício de ambos os casos, teremos 15 e 20, respectivamente. Note que pela relação, o primeiro caso é mais vantajoso, pois o aluguel por metro quadrado é menor. Mas há situações que pode "anular" essa escolha. A pessoa pode pagar R$ 1.200 de aluguel, mas não R$ 1.500. Mesmo o primeiro caso sendo mais vantajoso, o custo pode estar acima da capacidade orçamentária.
Um outro caso onde a relação é ignorada: uma mansão custa, 5 milhões, e uma casa dez vezes menor custa quinze vezes menos. Notoriamente, a melhor relação é essa última, 1,5 vezes melhor. Mas o rico comprador irá escolher a mansão, pois ele quer e pode pagar por ela. O mesmo vale para carros, celulares, recreação...
Notem que o grande diferencial, nesses casos, é a capacidade de pagar o custo, qualquer tipo de custo. No universo econômico, isso seria o preço (custo) e receita (capacidade). Agora, temos uma outra relação: custo-capacidade. Igualmente, quanto menor a relação, melhor, mas nunca pode ser superior a 1 (situação na qual o custo seria maior que a capacidade. Vamos ignorar aqui as prestações). Uma relação entre 0,001 e 0,003 (o equivalente a R$ 1,00 e R$ 3,00 para quem tem R$ 1.000) é indiferente para nós, o custo não faz muita diferença. Esse é o caso do rico que escolheu a mansão mesmo sendo mais cara e com maior custo-benefício.
No primeiro caso, é fácil explicar porque o sujeito escolheria a opção mais desvantajosa: sua capacidade de pagar o custo não permitia escolher a opção mais cara e vantajosa. Talvez o seu custo-capacidade em relação ao custo do caso mais vantajoso fosse maior que 1, enquanto a opção mais barata estava abaixo desse índice. No caso do homem rico, embora sabemos que a insignificância da relação custo-capacidade de ambas opções foi o fator decisivo, não sabemos ao certo em que ponto isso acontece.
Lembrem-se que algo parecido já foi tratado AQUI, mas foi visto apenas o fator risco, agora, vemos o fator capacidade, sem riscos.
Esse "algo a mais" - a capacidade de pagar o custo - é o que explica escolhas aparentemente desvantajosas. Sem considerar isso, as vantagens se tornarão desvantajosas. Talvez, instintivamente, já percebeu isso, senão, reflita.
Parece tudo muito simples, mas não. Imaginem uma casa com, digamos, 100 metros quadrados, e um aluguel de R$ 1.500. Agora, outra casa, com 60 metros quadrados com um aluguel de R$ 1.200. Se calcularmos a relação custo-benefício de ambos os casos, teremos 15 e 20, respectivamente. Note que pela relação, o primeiro caso é mais vantajoso, pois o aluguel por metro quadrado é menor. Mas há situações que pode "anular" essa escolha. A pessoa pode pagar R$ 1.200 de aluguel, mas não R$ 1.500. Mesmo o primeiro caso sendo mais vantajoso, o custo pode estar acima da capacidade orçamentária.
Um outro caso onde a relação é ignorada: uma mansão custa, 5 milhões, e uma casa dez vezes menor custa quinze vezes menos. Notoriamente, a melhor relação é essa última, 1,5 vezes melhor. Mas o rico comprador irá escolher a mansão, pois ele quer e pode pagar por ela. O mesmo vale para carros, celulares, recreação...
Notem que o grande diferencial, nesses casos, é a capacidade de pagar o custo, qualquer tipo de custo. No universo econômico, isso seria o preço (custo) e receita (capacidade). Agora, temos uma outra relação: custo-capacidade. Igualmente, quanto menor a relação, melhor, mas nunca pode ser superior a 1 (situação na qual o custo seria maior que a capacidade. Vamos ignorar aqui as prestações). Uma relação entre 0,001 e 0,003 (o equivalente a R$ 1,00 e R$ 3,00 para quem tem R$ 1.000) é indiferente para nós, o custo não faz muita diferença. Esse é o caso do rico que escolheu a mansão mesmo sendo mais cara e com maior custo-benefício.
No primeiro caso, é fácil explicar porque o sujeito escolheria a opção mais desvantajosa: sua capacidade de pagar o custo não permitia escolher a opção mais cara e vantajosa. Talvez o seu custo-capacidade em relação ao custo do caso mais vantajoso fosse maior que 1, enquanto a opção mais barata estava abaixo desse índice. No caso do homem rico, embora sabemos que a insignificância da relação custo-capacidade de ambas opções foi o fator decisivo, não sabemos ao certo em que ponto isso acontece.
Lembrem-se que algo parecido já foi tratado AQUI, mas foi visto apenas o fator risco, agora, vemos o fator capacidade, sem riscos.
Esse "algo a mais" - a capacidade de pagar o custo - é o que explica escolhas aparentemente desvantajosas. Sem considerar isso, as vantagens se tornarão desvantajosas. Talvez, instintivamente, já percebeu isso, senão, reflita.